Genótipos de milho submetidos a salinidade: efeitos nas características morfológicas e fisiológicas das plântulas

Authors

  • Rodrigues Agostinho Marcos
  • Vinicius Agnolette Capelini
  • Nayara Gonsalves Vallory
  • Rafael Almeida
  • Niquisse José Alberto
  • Fábio Luiz de Oliveira
  • Leandro Pin Dalvi

DOI:

https://doi.org/10.55905/revconv.16n.11-043

Keywords:

cultivares, estresse, salino, Zea mays L.

Abstract

O milho é um dos cereais mais produzidos no mundo, sua produtividade é resultante de alto vigor da semente e de atributos do solo e clima, sendo a salinidade um fator limitante da produtividade. A pesquisa foi conduzida com objetivo de avaliar o efeito de concentrações salinas sobre a germinação de sementes e desenvolvimento inicial de plântulas de milho. Foram utilizadas sementes de genótipos de milho, provenientes da coleção de genótipos do Laboratório de Análises Vegetais do Departamento de Agronomia da Universidade Federal do Espírito Santo. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizados (DIC), no esquema fatorial 6x5 com oito (8) repetições de 50 sementes, constituído por seis (6) genótipos e cinco (5) concentrações de Cloreto de sódio (Água destilada, 50, 100, 150 e 200 mmol L-1, correspondendo a 0; 1,5; 3,9; 4,5; e 6 g/L-1 de NaCl-Pa). Nos intervalos de 4 a 7 dias foram analisados, a germinação, índice de velocidade de germinação, diâmetro da plântula, comprimento da parte aérea, comprimento radicular, massa fresca e seca da plântula, e índice de tolerância ao estresse salino. Análise de variância verificou efeito significativo entre os genótipos e concentrações de NaCl-Pa, a 1% de probabilidade (p < 0,01). A concentração salina (NaCl) de 100, 150 e 200 mmol afetou a germinação e índice de velocidade do genótipo Palha roxa. Análise multivariada verificou que os genótipos Branco, AG1051 apresentaram maiores escores na com 2.595 e 0.979, sendo moderadamente tolerantes ao estresse salino. Os genótipos Roxo, Vermelho e Glyfos RR são moderadamente susceptíveis. O genótipo Palha roxa mostrou-se susceptível a salinidade.

References

AYERS, R. S.; WESTCOT, D. W. (1991). A qualidade da água na agricultura. Campina Grande: UFPB.

BRASIL. (2009). Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Brasília, DF: Mapa/ACS, 395p.

BRITO, R. A. L.; ANDRADE, C. D. L. T. (2010). Qualidade da água na agricultura e no ambiente. Informe agropecuário, 31(259), 50-57.

CARVALHO, N. M.; NAKAGAWA, J. (2000). Sementes: ciência tecnologia e produção. Jaboticabal: FUNEP.

DE SOUSA, GEOCLEBER GOMES et al. (2022). Água salina e adubação nitrogenada na composição foliar e produtividade do milho. Revista Caatinga, v. 35, n. 1, p. 191-198.

DUARTE, G.L.; LOPES, N.F.; MORAES, D.M.; SILVA, R.N. (2006). Physiological quality of wheat seeds submitted to saline stress. Revista Brasileira de Sementes, v.28, n.1, p.122-126.

EMBRAPA. (2017). Indicações Técnicas para o Cultivo de Milho e de Sorgo no Rio Grande do Sul Safras 2017/2018 e 2018/2019. IFRS Campus Sertão 17 a 19 de julho de 2017, Embrapa Clima Temperado, Brasília, DF.

ESSA, T.A. (2008). Effect of salinity stress on growth and nutrient composition of three soybeans (Glycine max L. Merrill) cultivars. Journal of Agronomy Crop Scince, v.188, p.86-93.

FAO. (2022). Global Map of Salt Affected Soils. Version 1.0. Disponível em: https://www.fao.org/soils-portal/data-hub/soil-maps-and-databases/global-map-of-salt-affected-soils/en/. Acesso em 14 mai. 2023.

FRANÇA NETO, J. de B.; et al. (2016). Tecnologia da produção de semente de soja de alta qualidade. Embrapa Soja. 86p. Londrina, PR.

GLENN, E.P et al. (1999). Salt tolerance and crop potencial of holophytes. Critical Review in Plant Sciences, 18 (2). Doi: 10.1080/07352689991309207.

GOES, G. F.; et al. (2023). Estresse salino na cultura do milho cultivada em solo sob diferentes coberturas mortas. Revista Brasileira de Ciências Agrárias, 3126-e3126.

HARRINGTON, J. F. (1973). Biochemical basis of seed longevity. Seed Science and Technology, v. 1, n. 2, p. 453-461.

MAGUIRE, J. D. (1962). Speed of germination and in selection and evaluation for seedling emergence and vigour. Crop Science, Madison, v.2, n.2, p.176-177.

MARCOS, R.; JOÃO, E.; GUDO, R. (2022). Avaliação agronômica de genótipos de milho (Zea mays L.) em regime de sequeiro. Enciclopédia Biosfera, v. 19, n. 40.

MITTLER, R. (2017). ROS are good. Trends in Plant Science, v. 22, n. 1, p. 11-19.

NAKAGAWA, J. (1999). Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas - primeira contagem da germinação. In: KRZYZANOWSKI, F.C.; VIEIRA, R.D.; FRANÇA NETO, J.B. (Eds.) Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina.

NAKAO, A. H.; et al. (2018). Características agronômicas e qualidade fisiológica de sementes de soja em função da adubação foliar com boro e zinco. Revista de Ciências Agronômicas. v. 27, n 3. p. 312-327.

OLIVEIRA, F. D. A. D.; et al. (2016). Uso de bioestimulante como agente amenizador do estresse salino na cultura do milho pipoca. Revista Ciência Agronômica, 47, 307-315.

OLIVEIRA, R. L.; MUNIZ, J. A.; ANDRADE, M. J. B.; REIS, R. L. (2009). Precisão experimental em ensaios com a cultura do feijão. Ciência Agrotécnica, 33, 113-119.

PESKE, S. T.; BARROS, A. C. S. A.; SCHUCH, L. O. B. (2019). Produção de Sementes Produção de sementes, In Silmar Teichert Peske; Francisco Amaral Villela; Geri Eduardo Meneghello. Sementes: fundamentos científicos e tecnológicos. Pelotas (RS): UFPEL. pp. 579. ISBN 978-65-80974-00-9.

PESSOA-NETO, J.A; LIMA. J.F; MIELEZRSKI, F; REIS, S.S; VERAS, M. (2016). Qualidade fisiológica de sementes de milho sob condições de estresse salino. Cultura Agronômica, Ilha Solteira, v.25, n.4, p. 401-408.

PIMENTEL-GOMES, F.; GARCIA, C.H. (2002). Estatística aplicada a experimentos agronômicos e florestais: exposição com exemplos e orientações para uso de aplicativos. Piracicaba: FEALQ, 309p.

RIBEIRO, A. A.; et al. (2020). Uses and losses of nitrogen by maize and cotton plants under salt stress. Archives of Agronomy and Soil Science, v. 67, n. 8. https://doi.org/10.1080/03650340.2020.1779228.

SANTOS, H. O. D.; et al. (2016). Sementes híbridas de milho submetidas a diferentes níveis de estresse salino durante a germinação. XXXI Congresso Nacional de Milho e Sorgo, 2016, Bento Gonçalves.

SILVA, A. V. D. (2023). Efeitos do déficit hídrico induzido pela irrigação com NaCl sobre os atributos do solo e os tecidos foliares de plantas de milho doce.

SOUSA, H. C.; et al. (2021). Growth and gas exchange of corn under salt stress and nitrogen doses. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 25, n. 3, p. 174-181. https://doi.org/10.1590/1807-1929/agriambi.v25n3p174- 181.

TAIZ, L., ZEIGER, E., & MAFFEI, M. (2013). Elementi di fisiologia vegetale. Piccin.

TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I. M.; MURPHY, A. (2017). Fisiologia e desenvolvimento vegetal. Porto Alegre: Artmed.

WYLOT, E.; RAMOS, R. F.; MELLO, A. M.; SOBUCKI, L.; DOSSIN, M. F.; PAVANELO, A. M. (2019). Germinação de sementes de Phaseolus vulgaris L. submetidas a diferentes tratamentos com bioestimulante. Revista Brasileira Multidisciplinar, v. 22, n. 1, p. 121-130.

Published

2023-11-10

How to Cite

Marcos, R. A., Capelini, V. A., Vallory, N. G., Almeida, R., Alberto, N. J., de Oliveira, F. L., & Dalvi, L. P. (2023). Genótipos de milho submetidos a salinidade: efeitos nas características morfológicas e fisiológicas das plântulas. CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES, 16(11), 25494–25513. https://doi.org/10.55905/revconv.16n.11-043