A bioeconomia e o biocosmético na metrópole Manaus/AM – tempo, território, redes da reprodução do capital na Amazônia

Abstract

O bens naturais amazônicos tornam-se recursos naturais sob a lógica da dinâmica de reprodução do capital na metrópole Manaus, sob a égide da indústria da produção de biocosméticos. A categoria de análise geográfica território, privilegiada neste trabalho, favorece a compreensão da dimensão espacial das indústrias de biocosméticos, sobretudo para anuir redes produtivas regionais. A extração/exploração de tais recursos é existente desde o século XVII quando da extração das drogas do sertão, em uma primeira fase do extrativismo na Amazônia, e, neste ínterim, atendia o mercado europeu, e contemporaneamente, na virada do século XXI, sob a narrativa de agentes promotores do desenvolvimento regional, a bioeconomia e o setor de biocosméticos protagonizam como aqueles promissores no desenvolvimento econômico no Amazonas e na Amazônia, quando em voga a reprimarização da economia baseada na exploração de bens da natureza , que são em primeira instância, riquezas locais, dos povos e do território amazônico, e ao serem apropriados pela indústria para o mercado sob a mediação das relações de reprodução do capital, se tornam em recurso natural a fim de comporem a lógica econômica da mesma reprodução, a capitalista.