Sífilis gestacional: barreiras na assistência pré-natal e o controle da transmissão vertical

Authors

  • Eloiza Muniz Capparros
  • Janayra Rodrigues Dantas
  • Yuri Guilherme Melo Oliveira
  • Vaniele Pereira de Sousa Paulino
  • Luan Alexandre da Silva Dantas
  • Andréa Coelho Pereira
  • Lorena Lima Paiva
  • Laudeci Brito Batista
  • Loyane Figueiredo Cavalcanti Lima
  • Rafael Heleno de Lima
  • Daynara Domingos
  • Tayane Moura Martins
  • Layanne Cavalcante de Moura
  • Lucyanna Cavalcante de Moura
  • Benedito Medeiros da Silva Neto
  • Jackeline Ruth Rodrigues da Silva

DOI:

https://doi.org/10.55905/revconv.17n.4-006

Keywords:

sífilis, gestantes, sífilis congênita, cuidado pré-natal

Abstract

O presente trabalho objetiva abordar sobre as principais barreiras na assistência pré-natal e o controle da transmissão vertical acerca da sífilis gestacional. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). As bases de dados selecionadas foram: Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Base de Dados em Enfermagem (BDENF) e Índice Bibliográfico Español en Ciencias de la Salud (IBECS). Por meio deste parâmetro de busca, obteve-se 62 artigos e, após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 11 estudos foram selecionados para compor a amostra final. Os resultados evidenciam que o pré-natal, muitas vezes, enfrenta diversas barreiras para a realização de uma assistencial adequada, seja por parte da gestão, dos serviços de saúde, dos profissionais ou da própria gestante, englobando diversos fatores que podem interferir em sua realização, o que implica diretamente da identificação e tratamento de doenças e infecções, como a sífilis, considerada um importante agravo à saúde da gestante e do feto, sendo essencial seu manejo correto para evitar a transmissão vertical. São identificadas falta de recursos, formação inadequada dos profissionais de saúde e negligência das questões de género, além de barreiras adicionais ao cuidado pré-natal eficaz. Estratégias como campanhas educativas, programas de educação continuada e políticas nacionais eficazes são propostas para abordar estas questões. A integração dos cuidados de saúde materno-infantil, uma abordagem culturalmente competente e a necessidade de monitorizar e combater a resistência antimicrobiana também são fatores importantes na luta contra a sífilis.

References

BENZAKEN, A. S. et al. Adequacy of prenatal care, diagnosis and treatment of syphilis in pregnancy: a study with open data from Brazilian state capitals. Cadernos de Saúde Pública, v. 36, n. 1, p. e00057219, 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sífilis 2018. v. 49, n. 45, p. 1-48. 2018. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/ pub/2018/boletim-epidemiologico-de-sifilis-2018.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Coordenação Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde. Guia de vigilância em saúde. 2ª Ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.

DOMINGUES, C. S. B. et al. Protocolo Brasileiro para Infecções Sexualmente Transmissíveis 2020: sífilis congênita e criança exposta à sífilis. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 30, n. spe1, e2020597, 2021.

FERRO, R. P. et al. Caracterização dos casos de sífilis congênita com ênfase no esquema terapêutico em uma maternidade filantrópica do Espírito Santo. J. Hum. Desenvolvimento de Crescimento, v. 2, p. 283-290, 2020.

GARBIN, C. A. S. et al. Sífilis na gravidez: perfil e fatores sociodemográficos associados na região Noroeste do Estado de São Paulo. Saúde & Pesquisa, v. 14. n. 3, p. 467-474, 2021.

GUANABARA M. A. O. Acesso de gestantes às tecnologias para prevenção e controle da sífilis congênita em Fortaleza-Ceará, Brasil. Rev Salud Publica (Bogota). 2017;19(1):73-8.

LEAL, M. G. A. et al. Estrutura e resultados do controle da sífilis em gestantes na atenção básica: estudo transversal. Revista de Enfermagem da UERJ, v. 29, e57721, p. 1-7, 2021.

MACÊDO, V. C. et al. Sífilis na gestação: barreiras na assistência pré-natal para o controle da transmissão vertical. Cadernos Saúde Coletiva, v. 28, n. 4, p. 518–528, out. 2020.

MOURA J. R. A. et al. Epidemiology of gestational syphilis in a Brazilian state: analysis in the light of the social-ecological theory. Rev Esc Enferm USP. 2021;55:e20200271.

OLIVEIRA, A. C. B. L. Development of an application prototype for mobile devices about pregnancy and syphilis in pregnancy as a health education strategy. Revista Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, v. 33, n. p. 1-9, 2021.

OUZZANI, M.; Hammady, H.; Fedorowicz, Z. et al. Rayyan – um aplicativo web e móvel para revisões sistemáticas. Sistema Rev, v. 5, n. 210, 2016.

PAULA, M. A. et al. Diagnóstico e tratamento da sífilis em gestantes nos serviços de Atenção Básica. Ciência & Saúde Coletiva, v. 27, n. 8, p. 3331–3340, ago. 2022.

REIS, A. R. P. et al. Reactive treponemal and non-treponemal tests in pregnant women and associated factors. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 56, p. e20220146, 2022.

RIGO, F. L. et al. Assistance and educational factors associated to congenital syphilis in a referral maternity: a case-control study. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 21, n. 1, p. 127–137, jan. 2021.

ROWLEY J. et al. Chlamydia, gonorrhoea, trichomoniasis and syphilis: global prevalence and incidence estimates, 2016. Bull World Health Organ 2019; 97:548-62.

SANTOS FILHO R. C. et al. Situação clínicoepidemiológica da sífilis gestacional em Anápolis-GO: uma análise retrospectiva. Cogit. Enferm., v. 26, e75035, p. 1-12, 2021.

SANTOS, C. M. C.; PIMENTA, C. A. M.; NOBRE, M. R. C. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 15, n. 3, p. 508–511, jun. 2007.

SANTOS, P. A.; GOMES, A. A. Ações na estratégia saúde da família para combate à sífilis congênita. Revista Bahiana de Saúde Pública, v. 43, n. Supl. 1, p. 85-93, 2019.

SILVA NETO, B. M. et al. Fatores associados ao tratamento inadequado da Sífilis no período gestacional: revisão integrativa. Contribuciones a Las Ciencias Sociales, [S. l.] , v. 10, p. 23166–23183, 2023.

SOARES, M. A. S.; AQUINO, R. Associação entre as taxas de incidência de sífilis gestacional e sífilis congênita e a cobertura de pré-natal no Estado da Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, n. 7, p. e00209520, 2021.

UNEMO M. et al. Sexually transmitted infections: challenges ahead. Lancet Infect Dis. 2017;8:e235.

TRINH, T. et al. Syphilis management in pregnancy: a review of guideline recommendations from countries around the world. Sex Reprod Health Matters. v. 27, n. 1, p. 69-82, 2019.

VELLOSO, L. T. et al. Syphilis in pregnancy and congenital syphilis notified in a public maternity hospital in Petrópolis – RJ. Revista Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis, v. 32, e203224, p. 1-6, 2020.

WHITTEMORE, R. KNAFL, K. The integrative review: updated methodology. J Adv Nurs. v. 52, n. 5, p. 546-453, 2005.

Published

2024-04-03

How to Cite

Capparros, E. M., Dantas, J. R., Oliveira, Y. G. M., Paulino, V. P. de S., Dantas, L. A. da S., Pereira, A. C., Paiva, L. L., Batista, L. B., Lima, L. F. C., Lima, R. H. de, Domingos, D., Martins, T. M., Moura, L. C. de, Moura, L. C. de, Silva Neto, B. M. da, & Silva, J. R. R. da. (2024). Sífilis gestacional: barreiras na assistência pré-natal e o controle da transmissão vertical. CONTRIBUCIONES A LAS CIENCIAS SOCIALES, 17(4), e6111. https://doi.org/10.55905/revconv.17n.4-006

Issue

Section

Articles