A comercialização dos corpos durante o processo de parto

Abstract

A medicina molda verdades sobre a vida das mulheres, impõem um ideal de saúde e funcionamento corporal, guiados pela lógica do capitalismo patriarcal. Esse sistema comercializa o corpo feminino, aumentando as demandas sobre a vida das mulheres. O ato de parir, anteriormente considerado um evento natural e familiar, foi progressivamente comercializado e medicalizado, resultando na perda do controle das mulheres sobre seus próprios corpos e experiências. Portanto, o objetivo deste artigo é investigar a relação entre o capitalismo e a medicina no contexto da comercialização dos corpos femininos durante o parto, utilizando a teoria marxiana como uma lente analítica. Analisa-se como as estruturas de poder e produção do capitalismo influenciam a experiência do parto, transformando-a em um processo altamente lucrativo. A pesquisa utilizou o método qualitativo para explorar os conceitos relacionados ao tema e compreender o contexto em que o parto se tornou um processo comercial para a medicina, com base em uma revisão historiográfica da medicina moderna. O objetivo foi investigar como o parto foi incorporado ao processo do capitalismo patriarcal.